Xavantes - 89 crianças morrem em 2011


Xavantes - 89 crianças morrem em 2011


Grupo diz que vítimas tinham até cinco anos e sofriam de desnutrição por falta de atendimento

Por Rosane Brandão

Condições sanitárias precárias e falta de assistência na área de saúde continuam matando crianças indígenas em Mato Grosso. Nos últimos anos foi observado um crescimento considerável de mortes envolvendo crianças do povo Xavante, em Campinápolis, região de Barra do Garças, todas elas vítimas de desnutrição, doenças respiratórias e doenças infecciosas.

Segundo dados da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), em 2011 foram 89 mortes de crianças xavantes com idade até quatro anos. No entanto, conforme o Relatório de Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil, elaborado pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI), em 2010 foram 60 crianças xavantes mortas em Mato Grosso, o que revela um crescimento de 48% de óbitos.

O CIMI revela que o descaso e o abandono dos índios xavantes são enormes. Conforme revela o relatório, em 2009 e 2008 também houve, na mesma região, um grande número de mortes de crianças xavantes, mas nenhuma providência foi tomada, apesar de todos os avisos e apelos encaminhados pelos indígenas e por entidades indigenistas a autoridades competentes.

De acordo com informações do CIMI, enquanto crianças estavam morrendo no Estado, entre os anos de 2007 e 2010, a Controladoria Geral da União anunciou que apurou em Mato Grosso o desvio de R$ 14 milhões dos recursos da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e do Fundo Nacional de Saúde. Recursos esses, que deveriam ser direcionados para tratamento médico das crianças.

Vivem em Campinápolis cerca de nove mil índios xavantes.

Na semana passada, mais de 50 índios da etnia Xavante invadiram a sede da Funasa em Barra do Garças (516 km de Cuiabá) exigindo a saída da diretora do Distrito Sanitário Especial Xavante (Desai), Castorina dos Santos. O Desai é responsável pelo atendimento médico da comunidade, mas os índios denunciam a falta de estrutura médica, principalmente das crianças, que, segundo o próprio CIMI de Mato Grosso, nos últimos anos não receberam atendimento médico adequado.

2012: Programación del Año Internacional de la Comunicación Indígena


Con una programación que inició el 10 de enero, en Suiza y finalizará el 5 de octubre en Perú,  se conmemorará el 2012, como Año Internacional de la Comunicación Indígena.

Esta declaración otorgada por la cumbre de la ONU, quedó registrada en el artículo 16 de la Declaración de las Naciones Unidas sobre losDerechos de los Pueblos Indígenas. En el artículo se busca que los gobiernos y organismos internacionales asuman esta declaración y la incluyan en sus agendas políticas y presupuestarias.

Algunas afirmaciones de la declaración:

. “La comunicación indígena es un derecho que nos comprometemos a ejercer con autonomía, con profundo respeto a nuestro mundo espiritual en el marco de la pluralidad cultural y lingüística de nuestros pueblos y nacionalidades”.

. “La comunicación es un poder que debemos apropiarnos y ejercer para incidir en la sociedad y en la formulación de políticas públicas que nos garanticen el derecho de acceder a los medios de comunicación”.

. “En el ejercicio de esta convocatoria continental nos propusimos varias tareas como la de construir una plataforma continental capaz de encaminar y articular nuestros esfuerzos, procesos, redes y experiencias de los pueblos y naciones indígenas, a nivel del continente Abya Yala y que esta venga a ser la base de una plataforma global de comunicación de los pueblos indígenas”.

. “Como primer paso decidimos establecer un Enlace Continental de Comunicación Indígena para articular el esfuerzo continental de los comunicadores indígenas para exigir a los Estados nacionales el derecho a la comunicación y la información”.

Conoce aquí la Programación Anual


Reproduzido de Felafacs