A Costa Rica é um pequeno país da América Central que faz fronteira com o Panamá e a Nicarágua além das deliciosas e cobiçadas águas do Caribe. Ali, antes da invasão, viviam os guetares, chorotegas e borucas. Com a chegada dos espanhóis foram destruídos e conquistados em nome do ouro. Como os demais espaços da região Costa Rica foi colonizada e transformada em fazenda, principalmente de café e açúcar. Bem mais tarde, sob o domínio da malfadada United Fruit (empresa estadunidense) passou a cultivar e exportar bananas.
O país acabou entrando para a história como o que realizou a primeira eleição livre e sem fraudes em toda a América Latina. Foi em 1890 quando se elege José Joaquín Rodríguez, e, desde aí, apesar de não ter sido uma eleição com voto direto, mantém o mito de que vive sob uma tradição democrática sem máculas. Coisa que não é bem verdade uma vez que já viveu também seus golpes de estado e guerra civil.Foi justamente essa guerra que levou ao poder José Figueres Ferrer que também entrou para a história como aquele que aboliu o exército de seu país. Isso no ano de 1948. Ferrer criou uma nova constituição, nacionalizou bancos, enfrentou a United Fruit e também os mercenários.
Com o passar do tempo, o país foi se enredando nas malhas dos financiamentos e chegou a gastar mais de 50% do orçamento no pagamento da dívida. Em 1986 declarou moratória e levou o povo ao sacrifício ao criar um plano de ajuste para salvar as finanças.O certo é que não é só dívida o que a Costa Rica tem. Há no seu território tamanha beleza natural que o faz cobiçado pelos especuladores imobiliários. São 212 km de litoral na costa caribenha e 1016 km na costa do Pacífico, com uma diversidade excepcional. Os bosques possuem ricas reservas de ébano, balsa, caoba e cedro, além de carvalho, ciprestes, manglares, helechos, guácimos, ceibas e palmas. O país conta com mais de 1000 espécies de orquídeas, abrigando ainda mais de 10.000 espécies de plantas. 25% do território encontram-se protegido.
Mas nem tudo é beleza na Costa Rica. Ali também abundam as transnacionais, maquiladoras, empresas predadoras que causam mais mal do que bem. A Intel, por exemplo, está ali fabricando microprocessadores, e é responsável por 20% das exportações e um tanto mais pela exploração da mão-de-obra. Também cresce a especulação imobiliária e a construção de grandes complexos turísticos, destinados aos mais ricos.
Agora o governo iniciou um ambicioso projeto que em nada tem a ver com sua realidade mesma: é o da construção da barragem Diquis, com a qual se pretende gerar 660 megawatts de energia investindo o que nunca antes foi investido em qualquer obra do país. Quase dois bilhões de dólares. A obra vai inundar mais de 12 mil hectares, sendo que seis mil é terra indígena, desalojando cinco das oito etnias indígenas que vivem no local.As comunidades têm realizado uma luta titânica contra o projeto que, na verdade, faz parte de um corredor destinado a enviar energia aos Estados Unidos.
Desse corredor faz parte também a Usina de Belo Monte que o governo brasileiro quer construir na Amazônia. Ou seja, mexe-se com a vida de milhares de pessoas, destroem-se suas culturas, suas terras, e tudo isso para que os estadunidenses possam consumir a energia gerada pelas represas. O militante social Jeffery Lopez, da organização Ditsö (http://ditso.blogspot.com), atua nas comunidades que serão atingidas pela barragem e participou de um seminário na Espanha, onde discutiu a ação das empresas espanholas no processo de construção da obra. Ele fala sobre a mobilização do povo na Costa Rica contra esse projeto.
O país acabou entrando para a história como o que realizou a primeira eleição livre e sem fraudes em toda a América Latina. Foi em 1890 quando se elege José Joaquín Rodríguez, e, desde aí, apesar de não ter sido uma eleição com voto direto, mantém o mito de que vive sob uma tradição democrática sem máculas. Coisa que não é bem verdade uma vez que já viveu também seus golpes de estado e guerra civil.Foi justamente essa guerra que levou ao poder José Figueres Ferrer que também entrou para a história como aquele que aboliu o exército de seu país. Isso no ano de 1948. Ferrer criou uma nova constituição, nacionalizou bancos, enfrentou a United Fruit e também os mercenários.
Com o passar do tempo, o país foi se enredando nas malhas dos financiamentos e chegou a gastar mais de 50% do orçamento no pagamento da dívida. Em 1986 declarou moratória e levou o povo ao sacrifício ao criar um plano de ajuste para salvar as finanças.O certo é que não é só dívida o que a Costa Rica tem. Há no seu território tamanha beleza natural que o faz cobiçado pelos especuladores imobiliários. São 212 km de litoral na costa caribenha e 1016 km na costa do Pacífico, com uma diversidade excepcional. Os bosques possuem ricas reservas de ébano, balsa, caoba e cedro, além de carvalho, ciprestes, manglares, helechos, guácimos, ceibas e palmas. O país conta com mais de 1000 espécies de orquídeas, abrigando ainda mais de 10.000 espécies de plantas. 25% do território encontram-se protegido.
Mas nem tudo é beleza na Costa Rica. Ali também abundam as transnacionais, maquiladoras, empresas predadoras que causam mais mal do que bem. A Intel, por exemplo, está ali fabricando microprocessadores, e é responsável por 20% das exportações e um tanto mais pela exploração da mão-de-obra. Também cresce a especulação imobiliária e a construção de grandes complexos turísticos, destinados aos mais ricos.
Agora o governo iniciou um ambicioso projeto que em nada tem a ver com sua realidade mesma: é o da construção da barragem Diquis, com a qual se pretende gerar 660 megawatts de energia investindo o que nunca antes foi investido em qualquer obra do país. Quase dois bilhões de dólares. A obra vai inundar mais de 12 mil hectares, sendo que seis mil é terra indígena, desalojando cinco das oito etnias indígenas que vivem no local.As comunidades têm realizado uma luta titânica contra o projeto que, na verdade, faz parte de um corredor destinado a enviar energia aos Estados Unidos.
Desse corredor faz parte também a Usina de Belo Monte que o governo brasileiro quer construir na Amazônia. Ou seja, mexe-se com a vida de milhares de pessoas, destroem-se suas culturas, suas terras, e tudo isso para que os estadunidenses possam consumir a energia gerada pelas represas. O militante social Jeffery Lopez, da organização Ditsö (http://ditso.blogspot.com), atua nas comunidades que serão atingidas pela barragem e participou de um seminário na Espanha, onde discutiu a ação das empresas espanholas no processo de construção da obra. Ele fala sobre a mobilização do povo na Costa Rica contra esse projeto.
Um comentário:
Povo da Costa Rica... sao tão amistosos e lindos como os brasileiros... Um dia ainda vou até lá!!
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